DANIEL RODRIGUES
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Fotógrafo | Fine Art
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DANIEL RODRIGUES
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Fotógrafo | Fine Art
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Underground in Theran
2015
2015
Underground in Theran


“Existem duas sociedades no Irão. A que se vê à superfície e a que vive no subsolo.” Esta é uma frase repetida vezes sem conta pela nova geração de iranianos modernos e não religiosos. São atores, artistas de rua, cantores e festeiros influenciados pela cultura ocidental, restringida pela lei islâmica imposta pela República Islâmica do Irão. A Constituição teocrática proíbe o consumo de álcool, qualquer música cantada por mulheres e todo o tipo de arte não aceite pelo regime dos mulás. Mas o povo subterrâneo encontra sempre forma de fazer o que gosta: fazem tatuagens em caves, festas em fábricas escondidas e álbuns de música em estúdios caseiros.
Apesar de representarem apenas uma pequena parte da sociedade iraniana – cerca de 15%, dizem – os iranianos liberais mostram que nem todo o país apoia os dogmas do Líder Supremo. A sua luta não é muitas vezes política, mas social, pois sabem que a melhor forma de combater o sistema rígido é espalhar a palavra na camada subterrânea da sociedade, mudando mentalidades lentamente. O controlo do regime é severo, tal como o risco de ser apanhado pelas autoridades. “Por isso, quando fazemos uma festa, festejamos a sério, porque sabemos que pode ser a última”, diz Farid, malabarista de fogo e organizador de festas.
Este trabalho acompanha a vida de um ator, um tatuador, um malabarista de fogo e promotor de festas, um rapper, uma cantora e uma artista de rua, nos locais mais livres e escondidos de Teerão. Escondidos e livres num país de paradoxos.




















